Missão Empresarial à República do Congo

Enquanto Associação para a Internacionalização de Empresas Portuguesas em Mercados Francófonos, a Mundo atua em prol das empresas suas associadas, promovendo a dinamização do tecido empresarial Português através da procura de novos clientes em novos mercados, em particular, nos de língua francesa.

Depois de um encontro no dia 24 de março, em Brazzaville, entre uma dezena de empresários portugueses, representando quatro grandes grupos empresariais do mesmo país e os seus homólogos congoleses, foi anunciada a implementação, nos próximos meses, de novas fábricas no Congo. Visivelmente satisfeitos com as oportunidades de negócio oferecidas pelo Congo, decidiram dar logo um passo em frente.

Impulsionado pelo convite feito por Jean Didier Elongo, diretor geral do Controlo dos Mercados Públicos, os empresários portugueses decidiram perante a presença dos funcionários da Câmara de Comércio, de Agricultura e da Indústria de Brazzaville contribuir para o desenvolvimento económico do Congo. Desta forma, a decisão destas empresas, entre as quais a Sr. Bacalhau, passou por, cada uma na sua especialidade, implementar-se na República do Congo.

Especializada na produção de peixe salgado, e mais particularmente de bacalhau, a empresa Sr. Bacalhau irá construir uma fábrica em Pointe-Noire. Por conseguinte, planeia colocar grandes navios de pesca ao largo do oceano Atlântico para permitir que seja produzido peixe salgado à escala industrial. Este projeto, será financiado por um investimento, segundo o representante da empresa Sr. Bacalhau, da ordem dos 15 milhões de euros, e que irá permitir empregar cerca de 300 pessoas nas suas unidades de fabrico. A mesma empresa também anunciou, tendo em conta o meio ambiente, a criação de uma fábrica, na mesma cidade portuária, de alimentos enlatados.

Outra empresa portuguesa referenciada para expandir o seu negócio para o Congo é o Grupo DST. Com experiência em Moçambique, Angola e no resto do mundo, a DST é especializada em vários setores de atividade, entre os quais o setor da engenharia e da construção, a construção de infraestruturas rodoviárias, exploração mineira ou ainda no tratamento de águas. O Grupo DST também atua no setor das energias, nomeadamente na fabricação e instalação de painéis solares e fotovoltaicos, a recolha e tratamento de resíduos domésticos e a instalação de  rede de fibra ótica.

A terceira empresa é a TECNOVIA, qualificada na construção de estradas, pontes e aeroportos. No continente africano, a empresa já está bem implementada em países como Angola e Marrocos. Por fim, a CIVILRIA, orientada para a construção de habitações públicas e edifícios pré-fabricados, vem fechar esta lista de empresas interessadas neste novo mercado.

Ao decidir instalar-se no Congo, o objetivo destas quatro empresas portuguesas é de contribuir para o desenvolvimento e diversificação economia congolesa. A visão dos empresários portugueses chegou ainda a ser saudada pelo presidente da Câmara de Comércio, da Agricultura e da Indústria, Paul Obambi, que sempre apelou para o desenvolvimento do setor privado congolês.